Num casamento perfeito com o estilo de jogo de Filipe Luís, o goleiro argentino Agustín Rossi, de 30 anos, atravessa seu período mais sólido no Flamengo desde sua chegada ao clube em 2023.
Se no início conviveu com desconfiança da torcida por falhas pontuais, hoje o argentino se afirma como um dos pilares da equipe finalista da Libertadores, combinando regularidade, leitura de jogo e participação ativa na construção ofensiva.
Segurança transformada em recurso tático
A atuação no empate sem gols contra o Racing, que garantiu o Rubro-Negro em mais uma decisão continental, sintetiza a fase atual do goleiro, homem de confiança da comissão técnica.
Além das defesas que mantiveram o placar zerado, Rossi ofereceu controle emocional e fluidez na saída de bola, funcionando como rota de segurança diante da pressão argentina.
A capacidade de atrair marcação, acionar passes curtos sob risco e alternar com lançamentos longos tornou-se um componente estratégico para o sistema rubro-negro, especialmente em cenários de pressão.
Consistência e peso em decisões
Os números sustentam a percepção. Rossi superou a marca de 30 jogos sem sofrer gols na temporada e já estabeleceu sequência de 11 partidas seguidas sem ser vazado em 2024, recorde no clube.
A temporada também registra momentos de alto impacto, o mais emblemático na disputa de pênaltis contra o Estudiantes, quando defendeu duas cobranças e encaminhou a classificação às semis da Libertadores. Não se trata apenas de defender; trata-se de responder quando o contexto exige protagonismo.
A evolução de Rossi é técnica e mental. O que começou com dúvida virou rotina de segurança. O goleiro combina postura serena, leitura espacial e influência no jogo coletivo, características do perfil moderno exigido na elite.
Às vésperas de mais uma final continental, o Flamengo tem em seu camisa 1 não só um goleiro em grande fase, mas uma peça estrutural na engrenagem competitiva da equipe.
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