Enquanto a Dinamarca lidera o grupo C das Eliminatórias, na frente de Escócia e Grécia, e a Noruega domina o I, na frente da tetracampeã mundial Itália, a Suécia é o grande contraponto dos países nórdicos com campanha decepcionante, apesar do poderio ofensivo que ficou apenas no papel.
Quando descobriu que ia ficar no grupo de Suíça, Kosovo e Eslovênia, a seleção sueca viu acender a esperança de retornar a uma Copa do Mundo, após ausência no Catar. O que teoricamente parecia acessível se tornou um grande pesadelo, com a lanterna da chave.
Com um ataque que nesta temporada movimentou mais de R$ 1 bilhão, em transferências para gigantes ingleses, a seleção sueca marcou apenas dois gols em quatro jogos. Está há três partidas sem balançar as redes, e a culpa foi jogada em cima do técnico Jon Dahl Tomasson, demitido após a derrota nesta semana para o Kosovo, em Gotemburgo.
No duelo, Tomasson, que foi atacante na carreira e sempre rendeu bem como uma dupla de ataque, apostou mais uma vez em Gyokeres e Isak juntos. Só que o 3-5-2 sueco parece a grande âncora do time.
O novo esquema ceifou qualquer chance de protagonismo de Elanga no time e viu Bernhardsson e Svensson com dificuldades para controlarem os corredores laterais. Sem Kulusevski, lesionado, o time ainda perdeu criatividade para fazer a bola chegar na dupla de ataque.
A imprensa sueca qualificou o atual momento da seleção como um “fiasco histórico”. Jesper Högström, historiador do futebol sueco e autor do livro do centenário da seleção em 2008, qualificou Tomasson como o pior técnico da história do país.
“Não há nenhum precedente real em que um trabalho foi tão ruim logo de cara. Nós vivenciamos a história do futebol, porque é um fiasco histórico”, disse, para o jornal Aftonbladet.
Apesar da campanha vexatória, a Suécia ainda deve jogar os playoffs em busca de um lugar na próxima Copa pela campanha na Liga das Nações em 2024. A federação colocou um prazo de um mês para anunciar o novo comandante.
Contratado em fevereiro de 2024, Tomasson comandou a seleção sueca em 18 patidas, com 9 vitórias, 2 empates e 7 derrotas. Ao mesmo Aftonbladet, Simon Åström, presidente da federação sueca, explicou a demissão.
“Tomamos a decisão por dois motivos: um que não tivemos os resultados esportivos. Jogamos quatro jogos de Eliminatórias e ganhamos um ponto, não existe mais a chance de irmos para a Copa nessa fase de grupos. Mas ainda podemos jogar os playoffs pela campanha que fizemos ano passado na Liga das Nações, então também baseamos a decisão para otimizar as chances de chegar em Março com chances de jogar a Copa”, explicou.
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