Se contra o Paraguai o sufoco foi jogar com um a menos desde os primeiros minutos, nas oitavas de final do Mundial Sub-17, contra a França, o Brasil mais de uma hora de jogo buscando a igualdade, e foi decidir a classificação mais uma vez na cobrança dos pênaltis.
Depois do empate em 1 a 1 no tempo normal, a confiança estava nas mãos de João Pedro, herói da partida anterior. E a aposta no jovem goleiro do Santos se justificou: mais uma vez ele fez a diferença, pegou duas cobranças e o Brasil segue adiante com um 4 a 3 nas penalidades.
Agora, a seleção francesa volta para casa, enquanto o Brasil vai encarar o vencedor do duelo entre Marrocos e Mali nas quartas de final.
Brasil na bronca com o juiz
A primeira etapa do jogo foi bastante equilibrada e com as duas seleções bem postadas em seus sistemas defensivos, dando poucas oportunidades mais claras de gol.
Logo nos primeiros minutos o técnico Dudu Patetuci gastou seu pedido de revisão ao cobrar a marcação de um pênalti quando, em cobrança de escanteio, o Brasil tentou a finalização com Lucas Ramon, que errou o alvo. A cobrança era pela marcação de um agarrão que não foi aceito pelo arbitro, e o time brasileiro desperdiçou sua chance de desafio.
Aos 28, pênalti para a França depois do goleiro João Pedro sair nos pés de Camara e o francês acabar no chão. Mais uma vez os brasileiro reclamaram, com o goleiro afirmando ter tocado na bola. O lance foi revisto pela arbitragem, que manteve a marcação.
Na cobrança, João Pedro até se redimiu e caiu para o lado direito defendendo a cobrança de Batola, mas Himbert veio com muita velocidade, invadiu a área tomando a frente dos jogadores do Brasil, e aproveitou o rebote.
Equilíbrio, drama e tensão
Logo no começo da segunda etapa o Brasil criou sua melhor oportunidade no jogo, Ruan Pablo cobrou falta com força e o goleiro Jourdren espalmou, deixando o rebote para Luis Eduardo tentar de carrinho e parar na trave.
Passado o susto, os franceses conseguiram esfriar um pouco a partida e quase ampliaram com Mounguegue recendo nas costas da marcação e parando em João Pedro, que saiu muito bem para abafar a finalização e evitar o gol que deixaria as coisas ainda mais complicadas.
Já nos dez minutos finais do jogo, o Brasil teve a chance de dar o troco na mesma moeda. Na disputa pela bola dentro da área Diarrassouba derrubou Pietro e a penalidade foi marcada e mantida depois do desafio francês. Só que Ruan Pablo cobrou com força, rasteiro, e viu a bola explodir na trave esquerda da meta defendida por Jourdren.
O destino do Brasil parecia selado, mas Pietro, que havia entrado aos 32 minutos do segundo tempo, não queria que a despedida fosse assim. No último minuto do tempo regulamentar, o camisa 17 ficou com uma sobra de bola no lado esquerdo da área e encheu o pé, cruzado, sem chance para os franceses.
Nas penalidades
A primeira cobrança foi de Camara, que mais uma vez cobrou no canto esquerdo de João Pedro e novamente parou nas mãos do brasileiro. Na sequência, Dell cobrou no meio do gol, Joudren tocou nela, mas o Brasil deu sorte e a bola foi para dentro com uma grande dose de drama.
Mouguengue marcou o primeiro para os franceses, e Luis Pacheco voltou a colocar o Brasil na frente, dessa vez com uma cobrança perfeita. Nassoko cobrou sem força, João Pedro acertou o canto e não conseguiu defender, mas Gabriel Mec fez o terceiro do Brasil.
Na quarta cobrança da França, João Pedro mais uma vez acertou o canto, mas saiu bravo por não evitar o gol de Ameline. Então foi a vez de Pietro Tavarez, autor do gol do empate, que seguiu a “maldição” e perdeu a cobrança.
João Pedro estava lá para segurar a cobrança de Leccese e então foi a vez de Ruan Pablo, que perdeu a cobrança no tempo normal, deu a volta por cima e confirmou a clasificação.
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