O Liverpool foi do céu ao inferno em poucos meses. Uma das melhores equipes da última temporada, os Reds mantiveram o comandante Arne Slot e se reforçaram com grandes nomes, tais como Wirtz, Isak, Frimpong e Ekitike, sendo o clube que mais gastou na janela do verão europeu. Mas a realidade é que o desempenho dentro das quatro linhas despencou.
Campeão da Premier League com folgas, o clube de Anfield investiu 490 milhões de euros em busca do sétimo título da Liga dos Campeões, depois de uma queda precoce nas oitavas para o campeão PSG na última temporada. O início de 25/26, porém, não empolga, com maus resultados em todos os torneios.
Tudo ao contrário em Anfield
Depois da conquista da Premier League na temporada de estreia de Arne Slot, o Liverpool tratou de ir ao mercado para conquistar ainda mais títulos, como a tão sonhada Champions League. Isak, Ekitiké, Frimpiong e Wirtz foram os principais reforços do Liverpool para a temporada, além da permanência de Mohamed Salah.
Não há dúvidas sobre quão estrelado é o ataque do clube, e esse nem é o problema na temporada 25/26. A grande verdade é que a antes impenetrável defesa já não passa mais a mesma segurança: em 15 jogos até aqui, o clube sofreu 24 gols. Esse foi o começo de temporada com mais gols sofridos pelo Liverpool neste século (o pior registro era de 21 gols nos primeiros 15 jogos em 12/13, 14/15 e 17/18).
E os resultados vêm sendo terríveis para os Reds. São seis derrotas nos últimos sete jogos, contra Crystal Palace (duas vezes), Brentford, Manchester United, Chelsea e Galatasaray. Além das derrotas, o clube foi eliminado precocemente na Copa da Liga Inglesa, pelo Crystal Palace, nesta quarta-feira (29).
Apesar dos grandes reforços no ataque, o Liverpool parece sentir a falta de Alexander-Arnold, que reforçou o Real Madrid ao fim da última temporada. Isso porque, mesmo que o jogador não fosse um exímio marcador, sua importância na criação e na manutenção da posse era imprescindível. Com o reforço Frimpong convivendo com problemas físicos, Arne Slot chegou a improvisar Szboloszlai na posição. Essa desconexão defensiva faz com que atletas como Gravenberch e Salah joguem com menos liberdade.
“Não estamos brigando pela liderança porque sofremos muitos gols. Se você faz dois gols num jogo fora de casa, deveria ser suficiente para vencer… Mudamos bastante durante o verão, acho que não é surpresa que as coisas possam acontecer assim. É sempre um caminho um pouco acidentado. Mas eu não esperava que acontecesse com quatro derrotas seguidas”, disse Arne Slot, em análise do mau momento.
Além dessa questão defensiva, a má fase de alguns atletas corrobora com esse péssimo momento do clube. É o caso de Salah, que, em 13 jogos até aqui, marcou três gols e deu quatro assistências. A título de curiosidade, o egípcio tinha mais que o dobro de participações diretas em gol nessa altura de 24/25.
Isak e Wirtz, destaques em Newcastle e Bayer Leverkusen anteriormente, não engrenaram em Anfield até aqui. Juntos, os dois jogadores participaram de apenas nove dos 28 gols marcados pelo Liverpool na temporada. Ekitiké, outro reforço, é o artilheiro da equipe, com seis tentos anotados, mas sem se tornar unanimidade.
“É difícil dizer. O fato é que não conseguimos não sofrer gols por nove jogos. É fácil culpar uma pessoa em particular, mas é um coletivo. Temos que nos olhar no espelho. Tenho certeza de que sairemos dessa. Tentaremos melhorar. Não é que não estejamos fazendo nada nos treinos ou nos bastidores, mas o momento é difícil”, pontuou Van Dijk.
Nesse momento da temporada, o Liverpool ocupa a sétima colocação na Premier League com 15 pontos ganhos, a sete do líder Liverpool, já está fora da Copa da Liga Inglesa, foi vice na Supercopa da Inglaterra e está fora da zona de classificação direta às oitavas da Champions League.
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