César Peixoto teve breve momento de atenção no Brasil em 2023, depois de sondagens de Vasco da Gama e Athletico Paranaense. O jovem técnico, hoje com 45 anos, acabou por não atravessar o oceano para se juntar à legião portuguesa por aqui, mas não seria surpresa se seu nome voltasse a aparecer nos rumores de mercado. Peixoto virou sensação em Portugal com um sucesso improvável pelo Gil Vicente.
O nome de César Peixoto é bastante reconhecido em Portugal, dentro e fora de campo. Nos gramados, passou por FC Porto e Benfica, dois dos três gigantes portugueses, e chegou a defender a seleção lusa (curiosamente em jogo contra o Brasil, derrota de goleada por 6 a 2). Uma carreira de sucesso. Fora das quatro linhas, ganhou fama de galã, posou para revistas fitness e engatou relacionamentos com atrizes e modelos famosas, com algumas polêmicas pelo caminho.
Como treinador, no entanto, César Peixoto teve um início de trajetória mais discreto. Comandou projetos modestos, sofreu com altos e baixos, sempre com recursos limitados, e se manteve distantes dos holofotes de outros tempos. Ao menos até chegar ao Gil Vicente.
Galo com campanha histórica
Clube de Barcelos, no norte de Portugal, o Gil Vicente nunca foi potência no país. A tradicional cidade que abriga o clube conta com apenas cerca de 20 mil habitantes. Os Gilistas se acostumaram a serem coadjuvantes, com sua melhor campanha com um quinto lugar, por duas vezes, em suas 25 participações na elite.
É justamente por isso que o feito de César Peixoto tem ganho destaque em Portugal. Ao fim de 10 rodadas (de 34), o Galo ocupa a quarta posição com 22 pontos, dentro da zona de classificação para competições da Europa, e a apenas seis pontos do líder, o Porto. Nunca antes o clube tinha, nem de perto, conseguido algo semelhante: a melhor campanha anterior a essa altura era um quinto lugar com 17 pontos somados.
As únicas duas derrotas do Gil Vicente até aqui foram justamente para FC Porto e Benfica, em lutas desiguais contra dois gigantes do país. O mais impressionante, no entanto, é a solidez defensiva. Fora nas derrotas para Dragões e Águias, os Galos não sofreram gols – são oito partidas com as redes intactas, proeza que nem mesmo os três clubes mais ricos lusos conseguiram repetir.
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