O Mirassol escreveu mais um capítulo de uma campanha que, sem sombra de dúvidas, já pode ser definida como a mais extraordinária de sua história.
A vitória por 2 a 0 sobre o Vasco, em São Januário, consolidou o clube paulista no G5 do Brasileirão e confirmou um feito inédito: o Leão da Alta Araraquarense é o primeiro estreante da história da Série A a garantir vaga direta na fase de grupos da Conmebol Libertadores.
A classificação para Liberta, que já havia sido celebrada com bom humor anteriormente nas redes (“Alguém aqui pode ajudar o adm com um curso de espanhol?”, publicou o Leão nas redes sociais) simboliza a coroação de um projeto esportivo conduzido com planejamento, sobriedade e precisão.
O plantio e a colheita
A diretoria montou um elenco enxuto, competitivo e dentro da realidade financeira do clube, mas também fez movimentos estratégicos ao agregar jogadores experientes e conhecedores do ambiente do Brasileirão, como o lateral-esquerdo Reinaldo, ex-São Paulo e Grêmio, hoje um dos protagonistas do time, e o goleiro Walter, ex-Corinthians, referência técnica e de liderança.
Esse equilíbrio entre juventude, custo controlado e experiência qualificada deu base para o trabalho de Rafael Guanaes, que se afirma, com enorme justiça, como um dos melhores (se não o melhor) treinadores do Campeonato Brasileiro em 2025.
Sob seu comando, o Mirassol se tornou uma equipe madura, agressiva e extremamente organizada, especialmente em casa, onde segue invicto como mandante, um feito ainda mais impressionante para um clube em sua primeira participação na elite.
A vitória sobre o Vasco levou o time aos 66 pontos, com 18 vitórias, 12 empates e apenas sete derrotas. São 60 gols marcados, 36 sofridos e um saldo de 24, números que evidenciam o protagonismo inesperado e plenamente merecido.
O clube que subiu degrau por degrau, reinventou processos e apostou na identidade própria agora alcança o maior palco continental com um projeto irrepreensível. Em seu ano de estreia na Série A, o Mirassol não apenas se manteve: redefiniu o que um estreante pode ser.
Da organização ao desempenho, o Leão mostra que a sua ascensão não é acaso, é consequência. E uma consequência histórica que agora irá se apresentar para o continente.
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