É preciso voltar mais de 70 anos no tempo e olhar um torneio de menor importância para encontrar a última vez que o Vasco teve a vantagem em um confronto de mata-mata contra o Corinthians. Nos últimos 1.020 minutos de enfrentamento, nem por um segundo o Alvinegro Paulista teve que correr para reverter um resultado que lhe seria adverso.
Na decisão da Copa do Brasil deste ano, depois do empate sem gols em São Paulo, a final no Maracanã teve um momento de festa para o torcedor do Vasco, mas foi apenas ao buscar a igualdade, com gol de Nuno Moreira, aos 41 minutos, para desfazer a vantagem que o Corinthians buscou com Yuri Alberto, aos 19.
Foi em 1953, no extinto Octogonal Rivadavia (que era uma extensão sem prestígio da Copa Rio) que o Vasco superou o Timão no mata-mata, vencendo os dois jogos das semifinais, com um 4 a 2 no primeiro jogo e um 3 a 1 na volta. Depois disso, foram nove duelos, sendo um deles com disputa de prorrogação e pênaltis.
Pela Copa do Brasil de 1995, a semifinal foi aberta com uma vitória do Corinthians no Maracanã, com 1 a 0 marcado por Marcelinho Carioca, aos 36 do segundo tempo. Na volta, no Pacaembu, uma goleada por 5 a 0, com três de Viola, um gol contra de Ricardo Rocha, e outro de Souza.
Depois disso, o reencontro foi na final do Mundial de Clubes de 2000, mais uma vez no Maracanã. Apesar dos dois times estarem cheios de astros artilheiros, como Romário e Edmundo do lado vascaíno e Edílson e Luizão entre os corinthianos, o 0 a 0 persistiu pelos 120 minutos, terminando com a vitória do Corinthians nas penalidades.
Na Sul-Americana de 2006, que era toda disputada em sistema eliminatório, Gustavo Nery fez o 1 a 0 no jogo de ida, enquanto Amoroso, Rafael Moura e Magrão sacramentaram a classificação na volta, com Diego descontando para o Vasco.
Em 2009, novo encontro pela Copa do Brasil e mais uma vez a disputa começou no Rio de Janeiro. Dentinho abriu o placar do jogo de ida, e Rodrigo Pimpão deixou tudo igual. Na volta, o placar zerado foi suficiente para o Timão, que avançou pelo critério do gol marcado fora de casa.
Três anos mais tarde veio a disputa das quartas de final da Copa Libertadores, com um empate sem gols no Rio de Janeiro, com Paulinho sendo o herói da classificação do time paulista no jogo da volta, no Pacaembu, em partida sempre lembrada pelo gol perdido por Diego Souza, que poderia ter mudado esta história.
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