Após uma grande primeira fase, a seleção brasileira conheceu, nesta terça-feira, o adversário da fase de 16 avos de final do Mundial Sub-17: o Paraguai… um enfrentamento que colocará frente a frente estilos completamente distintos.
De um lado, o talento e a vocação ofensiva da equipe brasileira; do outro, a disciplina tática e a força física de uma seleção paraguaia que chega embalada após uma boa campanha no Sul-Americano da categoria.
Neste Mundial, a Albirrojita figurou no grupo J e avançou de fase ao perder para o Azerbaijão, vencer o Panamá e empatar com a Irlanda, avançando entres os melhores terceiros colocados.
A força da organização
O Paraguai sub-17 é comandado por Mariano Uglessich, ex-zagueiro com passagens por clubes da Argentina e do futebol paraguaio. No comando da seleção sub-17, ele tem priorizado a organização e o equilíbrio tático como pilares de jogo.
Não é uma equipe que encanta pela posse ou volume ofensivo, mas sim pela capacidade de competir em alto nível e se manter concentrada durante os 90 minutos.
Durante a preparação para o torneio, Uglessich enfatizou o trabalho com linhas compactas, transições rápidas e atenção total às bolas paradas, uma das principais armas do time.
O Paraguai se classificou para o Mundial após campanha consistente no Sul-Americano, onde mostrou solidez defensiva e venceu confrontos diretos decisivos, entre eles os que garantiram a vaga sobre Equador e Argentina, ambos nos pênaltis.
Destaques e estilo de jogo
Entre os nomes que se destacam na equipe estão Thiago Aranda, zagueiro de imposição física e bom posicionamento, além do veloz e polivalente Mauro Coronel, que costuma ser a válvula de escape do sistema ofensivo da Albirrojita.
O sistema de Uglessich é normalmente o 4-4-2, com variações para o 4-2-3-1 quando precisa de mais gente no meio. A defesa é firme e concentrada, mas o time ainda sofre para criar chances claras de gol, um dos pontos que o técnico reconheceu em entrevistas recentes.
Com falta de repertório e refino técnico no meio campo, muitas vezes o time paraguaio recorre a bola longa, buscando sempre a segunda bola na intermediária ofensiva, o que exige precisão nos duelos físicos por parte da defesa adversária.
O “caminho das pedras”
Para o Brasil, apesar do amplo favoritismo, o duelo exige concentração alta. A equipe de Dudu Patetuci tem mais talento individual e repertório técnico, mas enfrentará um adversário que raramente se desorganiza e que aposta no erro do oponente.
A estratégia ideal passa por impor intensidade desde o início, explorando os espaços nas laterais e forçando o Paraguai a sair de sua zona de conforto. Jogadas rápidas com amplitude e triangulações são caminhos promissores para quebrar o bloqueio defensivo.
Também será essencial manter a paciência: o Paraguai tende a se fechar bem e apostar no contra-ataque, por isso o Brasil não pode se desesperar caso o gol demore a sair.
Outro ponto de atenção está nas bolas paradas defensivas. Os paraguaios são fortes no jogo aéreo e costumam levar perigo nesse tipo de jogada. Evitar faltas próximas a área e manter boa coordenação nas marcações será fundamental.
Além disso, o jogo associativo por dentro, explorando a individualidade de talentos como Dell e Felipe Morais, pode ser um diferencial para desarmar um possível ferrolho paraguaio. O cenário indica uma classificação canarinho, mas todo cuidado é pouco.
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