A CBF anunciou nesta segunda-feira, 24, grandes mudanças para o futebol feminino no país através de uma grande reformulação no calendário de competições, incluindo Série A1, Série A2, Série A3, Copa do Brasil e Supercopa do Brasil. A definição aconteceu após consulta de especialistas, clubes, federações, atletas e o próprio corpo técnico da entidade.
A nova programação reformula a estrutura das principais competições femininas do país, promovendo mudanças no volume de partidas das equipes de elite e oferecendo perspectivas de crescimento para as equipes que estão na base da pirâmide.
De acordo com a CBF, o investimento total será de R$ 685 milhões nas competições femininas, com aumento de 41% de datas neste calendário, 84% no número de partidas e 69% de vagas no calendário nacional.
Mudanças por competição
Supercopa
Entre as nove competições organizadas pela CBF no futebol feminino, a que abre o novo calendário é a Supercopa, no dia 8 de fevereiro, disputada entre a equipe campeã da Série A1 e da Copa do Brasil Feminina. A premiação é de R$ 1 milhão para as campeãs e R$ 600 mil para as vice-campeãs. O mando de campo será definido em consenso entre CBF e os clubes participantes.
Série A1
A Série A1, principal competição do calendário feminino, terá início em 15 de fevereiro e final com data-base em 4 de outubro, com o número de clubes ampliado de 16 para 18 participantes. A competição terá as datas-base às quartas-feiras e domingos, e passa a ter 23 datas, duas a mais do que teve em 2025, o que representa um aumento de 134 para 167 jogos.
Cada clube participante terá uma cota fixa de R$ 720 mil, com um acréscimo de R$ 20 mil a cada partida de primeira escolha pelo detentor com transmissão nacional. A premiação para a equipe campeã será de R$ 2 milhões, e de R$ 1 milhão para a vice. Duas equipes serão rebaixadas para a Série A2. A partir de 2027, a CBF exigirá que todas as atletas participantes tenham contrato profissional assinado.
Série A2
A Série A2, segunda divisão do futebol feminino, terá início em 14 de março e final prevista para 19 de setembro, com aumento de 13 para 21 datas (o que representa aumento de 70 para 134 jogos) e o número de 16 clubes participantes mantido. As datas-base das rodadas são quartas-feiras e sábados.
O formato da competição passa por alteração, com turno único e grupo único na 1ª fase. As cotas aos clubes participantes passam por reajuste de 2,4 vezes, passando a R$ 360 mil para cada na primeira fase. Quatro clubes se classificam para a A1 e dois são rebaixados para a A3.
Série A3
A Série A3, terceira divisão, terá início em 21 de março e término previsto para dia 5 de setembro. O aumento será de 11 para 14 datas: de 78 para 126 jogos. Ao todo, serão 32 clubes com todas as unidades federativas representadas. O formato será de turno e returno na 1ª fase. A data-base das partidas será sábado.
A cota para cada clube participante terá reajuste de 3,3 vezes, passando a R$ 120 mil na primeira fase. Os quatro melhores sobem para a A2.
Copa do Brasil
A Copa do Brasil Feminina passará de 65 para 66 participantes, reunindo os clubes das três divisões nacionais. O início será em 22 de abril e a previsão de término é em 15 de novembro. O número de jogos passa de 64 a 72, com uma mudança de 8 para 11 datas.
A estreia das equipes segue semelhante, com os clubes da A3 participando desde a 1ª fase, os da A2 entrando a partir da 2ª fase e os da A1 apenas na 3ª fase. A partir das quartas de final, porém, até a decisão do certame, os jogos serão de ida e volta. As datas-base são quintas-feiras e domingo. Os confrontos e mandos de campo de cada fase serão definidos por sorteio. As cotas de participação de todas as fases serão dobradas em relação ao formato de 2025.
Mais mudanças
Além das competições principais, a CBF também fez ajustes estruturais no calendário das equipes de base, aumentando datas e cotas para sub-20, sub-17, além das ligadas sub-16 e sub-14.
Outra mudanças anunciada pela CBF foi o apoio a atletas inscritas em competições da entidade que são mães e estão em fase de lactação. Elas poderão levar seus filhos para viagens oficiais, com todos os custos de deslocamento pagos pela própria entidade.
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