Autor: Amrit Santlani
Marta, a maior artilheira da história da Copa do Mundo Feminina, foi substituída aos 80 minutos do segundo tempo no empate sem gols do Brasil contra a Jamaica. Os torcedores aplaudiram-na estrondosamente, muitos deles temendo que o fim estivesse próximo.
A sexta participação recorde da lendária atacante brasileira na Copa do Mundo terminou em um “pesadelo”, segundo suas próprias palavras, depois que a equipe de Pia Sundhage não conseguiu chegar às oitavas de final na Austrália e Nova Zelândia.
Falando após o resultado chocante, Marta, 37 anos, disse que era hora de um novo começo, oferecendo esperança de um futuro brilhante para os fãs, ao mesmo tempo em que deu a entender que o fim da estrada poderia estar próximo para ela.
Depois de marcar 17 gols em Copas do Mundo, Marta confirmou que não poderá aumentar sua contagem porque “não haverá mais Copa do Mundo” para ela.
“Nem nos meus piores pesadelos era a Copa do Mundo que eu sonhava. Mas é só o começo, o povo brasileiro pede renovação, e está havendo renovação“, disse ela após o jogo.
“A única velha sou eu, a maioria delas [suas companheiras de equipe] são meninas jovens com enorme talento, e isso é apenas o começo para elas. Marta termina aqui, não há mais Copa do Mundo para Marta“, acrescentou Marta, emocionada.
Embora a lendária atacante não tenha conseguido ajudar o Brasil a vencer um torneio importante, ela ajudou o país a chegar à final em 2007, quando perdeu para a Alemanha, e uma história semelhante se desenrolou na final das Olimpíadas, com medalhas de prata em 2004 e 2008.
Desde a sua estreia no Brasil em 2022, Marta acumulou 189 partidas, marcando um recorde de 122 gols. Ela ganhou o prêmio de Jogadora Mundial do Ano seis vezes em sua carreira, que se estendeu por mais de duas décadas.
Em nível de clube, ela representou 11 equipes diferentes, mas desde 2017 tem jogado pelo Orlando Pride, conquistando títulos em todo o mundo.