Autor: Soorya G
Em uma partida tumultuada, que certamente será lembrada por um incidente de lesão, o técnico do Fluminense, Fernando Diniz, discordou veementemente da expulsão de Marcelo no empate em 1 a 1 contra o Argentinos Juniors-ARG, no jogo de ida das oitavas de final da Copa Libertadores, na terça-feira, em Buenos Aires. De acordo com o treinador, que ficou furioso com o resultado, a decisão tomada pelo assistente de vídeo foi “absurda”.
O incidente em questão foi visualmente chocante, pois o pentacampeão da Liga dos Campeões tentou driblar Luciano Sánchez e, ao fazê-lo, acidentalmente pisou violentamente na perna do adversário, causando uma fratura aparente. Ao rever as imagens do VAR, Marcelo se viu tomado pela culpa, derramou lágrimas no local e não contestou o cartão vermelho.
“Para mim, a expulsão do Marcelo é absolutamente absurda, uma loucura total. O que Marcelo poderia ter feito? Vou fazer uma metáfora. Para mim, é como quando alguém atravessa a rua em um sinal verde, e o motorista é culpado. O Marcelo estava driblando e não tinha onde colocar o pé.“
Diniz disse ainda que o incidente deixou todos tristes, mas reiterou que o lateral-esquerdo pisou involuntariamente no pé do colega enquanto tentava colocar o próprio pé no chão.
“Todo mundo está triste com o que aconteceu com o jogador. Isso é uma coisa. A segunda coisa é que a expulsão foi absolutamente equivocada. Principalmente considerando a reação do Marcelo. Não houve intenção. O Marcelo não tinha onde colocar o pé. Como ele pode ser expulso? Ninguém deu um chute em ninguém. Foi absolutamente para estragar o jogo. Não posso aceitar a expulsão do Marcelo“, analisou.
O técnico também criticou o árbitro chileno, Piero Gomez Maza, principalmente nos acréscimos do segundo tempo. Além da expulsão de Marcelo, o goleiro do Argentinos Juniors, Arias, também foi expulso, causando outro atraso na partida. Diniz foi além e explicou as inconsistências com que os árbitros atuaram no jogo, citando o exemplo do acréscimo de tempo no final da partida.
O técnico disse que a decisão de expulsar Marcelo levou cerca de cinco minutos, e a expulsão do goleiro argentino, alguns minutos depois, levou aproximadamente o mesmo tempo. Apesar disso, o árbitro decidiu conceder apenas oito minutos de tempo de paralisação, mesmo sendo prática comum adicionar mais de dez minutos, algo que Diniz não gostou.