Autor: Soorya G
Em uma partida emocionante no Lang Park, em Brisbane, a cabeçada decisiva da capitã Wendie Renard garantiu a dramática vitória da França por 2 a 1 sobre o Brasil no Grupo F da Copa do Mundo de Futebol Feminino. A equipe de Herve Renard obteve sua primeira conquista depois de começar a campanha com um empate de 0 a 0 contra a Jamaica. Após duas rodadas, a França e a Jamaica têm 4 pontos cada e o Brasil, 3. O Panamá, que perdeu duas vezes, ocupa o último lugar com zero pontos. Na última rodada, a França jogará com o Panamá, e o Brasil precisa vencer a Jamaica para chegar às oitavas de final.
A maior artilheira de todos os tempos da França, Le Sommer, deu ao seu time uma vantagem inicial aos 17 minutos, aproveitando o cruzamento bem colocado de Sakina Karchaoui da esquerda. Sua cabeçada encontrou o fundo da rede depois de ser cabeceada por Kadidiatou Diani. O Brasil teve a chance de empatar no primeiro tempo, quando Adriana tentou um chute a gol, mas errou o alvo após o passe de Debinha.
No segundo tempo, a equipe brasileira de Pia Sundhage conseguiu empatar o placar aos 58 minutos, quando Debinha calmamente colocou a bola no ângulo de Pauline Peyraud-Magnin depois que a tentativa inicial de Kerolin foi desviada por Le Sommer.
À medida que a partida entrava em seus momentos decisivos, a França intensificou seu ataque, e foi a capitã Wendie Renard que se tornou a heroína. A sete minutos do fim do jogo, ela cobrou o escanteio de Selma Bacha com uma cabeçada poderosa que ricocheteou no gramado e passou por cima da goleira Letícia, garantindo os três pontos para a França.
Com essa vitória, a França agora tem quatro pontos em seus dois primeiros jogos, mantendo uma vantagem de um ponto sobre a equipe brasileira, que já havia começado o torneio com uma convincente conquista de 4 a 0 sobre o Panamá. O triunfo sobre o poderoso Brasil garante a classificação para as oitavas de final, mas os franceses estarão ansiosos para encerrar a fase de grupos, vencendo da Jamaica.
Enquanto isso, o Brasil ficará um pouco decepcionado com a derrota e, mais ainda, com a forma como o jogo foi perdido. Depois de empatar o jogo aos 15 minutos do segundo tempo, o Brasil acha que deveria ter segurado o placar, mas a vitória esmagadora contra o Panamá lhe dará confiança antes do último jogo. No entanto, o jogo contra a Jamaica será uma batalha de “fazer ou morrer”, com o vencedor passando de fase. O Brasil será o favorito, mas estará ciente da capacidade da Jamaica de causar uma reviravolta.
Pia Sandhage: “Eu não havia inicialmente preparado tão bem as nossas jogadoras para fazer as conexões em campo. Porque tudo parecia estar funcionando muito bem antes. Mas os primeiros 30 minutos da partida eram um grande momento, crucial para os dois times, e faltou uma espécie de entrosamento na nossa equipe. Não teve ousadia e alegria no primeiro tempo. É claro que erros acontecem e isso não é um problema, mas é preciso fazer uma recuperação disso. Já no segundo tempo, nós corremos atrás do placar e criamos boas oportunidades.“
A treinadora destacou que na terceira rodada, contra a Jamaica, suas jogadoras precisam estar totalmente focadas. Mas ao mesmo tempo ser um time feliz que mostra um belo jogo brasileiro.
Debigny: “Nós voltamos diferentes no segundo tempo e sentimos isso, mas acho que poderíamos ter começado nessa intensidade. Elas tiveram a oportunidade que queriam, queriam aquela jogada aérea e tiveram sucesso, faltou atenção. A gente sabia que esse jogo ia ser decidido nos pequenos detalhes e assim foi“.
Resultados da segunda rodada
Grupo A
Nova Zelândia – Filipinas 0 x 1, Suíça – Noruega 0 x 0
Grupo B
Canadá – Irlanda 2 x 1, Austrália – Nigéria 2 x 3
Grupo C
Japão – Costa Rica 2 x 0, Espanha – Zâmbia 5 x 0
Grupo D
Inglaterra – Dinamarca 1 x 0, China – Haiti 1 x 0
Grupo E
EUA – Holanda 1 x 1, Portugal – Vietnã 2 x 0
Grupo F
França – BRASIL 2 x 1, Panamá – Jamaica 1 x 0
Grupo G
Argentina – África do Sul 2 x 2, Suécia – Itália 5 x 0
Grupo H
Coreia do Sul – Marrocos 0 x 1, Alemanha – Colômbia 1 x 2