Autor: Vishwajit Sawant
Glauber Berti, que atualmente ocupa o cargo de diretor de futebol do Nacional A.C., anteriormente conhecido como São Paulo Railway, tem uma história fascinante para contar. Antes de assumir sua função administrativa, Berti teve uma carreira de sucesso como jogador, especialmente durante seu tempo no Manchester City, quando o clube passou por uma fase de transformação sob a propriedade do Abu Dhabi United Group.
Embora o tempo de jogo de Berti em campo tenha sido limitado, sua ética de trabalho inabalável o tornou querido pelos torcedores, que o apelidaram carinhosamente de “O Homem Invisível”. Berti relembra suas experiências durante os treinos abertos, onde os torcedores sempre testemunharam sua dedicação e comprometimento, levando a cantos de seu nome que ecoavam pelo estádio. Apesar de nem sempre concordar com seu técnico, Mark Hughes, Berti encarava cada sessão de treinamento com imensa paixão, tratando-as como se fossem jogos de verdade. Essa demonstração de esforço repercutiu entre os torcedores, que pediram ao técnico que desse a Berti uma chance de provar seu valor.
O momento de Berti finalmente chegou no último jogo da temporada. Inesperadamente chamado pelo técnico, Berti entrou em campo para a alegria dos torcedores. Embora muitos deles não conhecessem seu rosto, seus cantos se tornaram uma manifestação do folclore em torno de seu nome. Berti valorizou a oportunidade e se deliciou com a comemoração que se seguiu a cada vez que tocou na bola, permitindo que os torcedores finalmente dessem um rosto ao nome pelo qual haviam cantado apaixonadamente.
O diretor de futebol também compartilhou uma anedota engraçada envolvendo Cristiano Ronaldo. Durante uma partida contra o Manchester United, Ronaldo estava se preparando para entrar em ação do banco de reservas quando os torcedores do City, em tom de brincadeira, começaram a cantar o nome de Berti, como se quisessem atribuir a ele a tarefa de marcar o ativo atacante português. Berti não pôde deixar de rir ao pensar no que poderia ter acontecido se ele tivesse tido a chance de enfrentar Ronaldo.
Refletindo sobre sua mudança para o Manchester City, Berti expressou sua empolgação com a perspectiva de jogar na Inglaterra e com a oportunidade de trabalhar com um técnico que privilegiava os jogadores brasileiros. Sua chegada coincidiu com um período de investimentos significativos no clube, destacado pela aquisição de Robinho do Real Madrid. Berti testemunhou em primeira mão a transformação das instalações do clube e a determinação de alcançar o auge do futebol inglês. O diretor de futebol ficou maravilhado com a forma como o clube cumpriu suas promessas e, por fim, construiu uma dinastia no futebol inglês.
Berti também falou sobre sua camaradagem com seus colegas de equipe brasileiros, contando suas experiências compartilhadas de feijoadas e churrascos, que os ajudaram a se sentir em casa em uma cidade frequentemente caracterizada por seu clima cinzento. Entre seus companheiros mais próximos estava Felipe Caicedo, que compartilhava o amor de Berti pela feijoada e se referia a ela com humor como “quer feijão”, de uma maneira única.
Berti lembrava-se com carinho de Vincent Kompany como um líder natural, com quem conversava em alemão, idioma que ambos falavam fluentemente. A admiração de Berti pela competência de Kompany foi além dos tempos de jogador, e ele continua a manter contato com o ex-capitão do Manchester City, expressando sua felicidade pelas conquistas de Kompany.