Autor: Monojit Mandal
O atacante Michael Porter Jr., do Denver Nuggets, encontrou paz ao escrever um diário, principalmente nas primeiras horas da manhã. Porter sente que ter uma caneta e um papel à sua frente tem um efeito tremendo em sua mente e em seu corpo.
Porter usa seu caderno para refletir e agradecer. “Tento escrever um diário de gratidão e apenas refletir durante essa jornada sobre todas as coisas pelas quais devemos ser gratos, mas, ao mesmo tempo, manter a fome, continuar trabalhando e nunca desistir”, explicou ele. Porter expressa sua gratidão e mantém sua motivação para a realização por meio dessa rotina diária.
De fato, Porter tem muitos motivos para agradecer. Ele é uma parte importante do sucesso do Denver Nuggets, que enfrenta o Miami Heat nas finais da NBA. No primeiro jogo, ele fez 14 pontos, 13 rebotes e dois bloqueios, o que contribuiu para a vitória do Nuggets, por 104 a 93. Porter tem tido um desempenho consistente nos playoffs, com uma média de 14,6 pontos e 8,3 rebotes por jogo, enquanto arremessa 44,3% do campo e 38,6% além do arco.
Apesar de suas notáveis realizações, o jogador é um recurso pouco valorizado em um time que depende do trabalho em equipe. Porter, que mede 1,80 m de altura, traz seu brilho ofensivo e sua melhor rotina defensiva para o campo, o que ajuda o desempenho geral do Nuggets.
O caminho de Porter até esse ponto não foi isento de desafios. Aos 25 anos, ele já passou por três cirurgias nas costas, o que retardou seu crescimento. Seu período de estreia no Missouri foi prejudicado por uma lesão grave que o manteve fora de todos os jogos, exceto três. Como resultado, ele perdeu sua temporada de estreia no Nuggets em 2018-19 e foi forçado a perder 73 dos 82 jogos da última etapa, devido a outra operação. A determinação e persistência de Porter foram importantes em sua jornada, rumo ao estrelato.
Porter usa seu caderno para agradecer e também para desabafar suas frustrações. Ao anotar seus pensamentos e preocupações, ele evita que eles o sobrecarreguem e permite que ele se concentre em seu jogo. Nessas sessões terapêuticas de escrita, ele discute seus problemas nas costas e a angústia de perder jogos.
A habilidade do atleta é reconhecida desde os tempos de colégio, quando ele era considerado o segundo melhor prospecto do país, entre Marvin Bagley e Deandre Ayton. Antes do sorteio da NBA de 2018, os olheiros elogiaram Porter como um dos cinco melhores jogadores, com excelente capacidade ofensiva. Entretanto, devido às preocupações com suas dificuldades nas costas, os clubes hesitaram em escolhê-lo, e ele acabou sendo selecionado em 14º lugar, pelo Denver Nuggets.
Porter passou por altos e baixos dentro e fora das quadras, durante sua carreira. Havia preocupações quanto ao seu retorno ao jogo e se ele conseguiria corresponder aos padrões defensivos estabelecidos pelo Nuggets e seu técnico, Michael Malone. Porter, por outro lado, mostrou-se à altura, aumentando progressivamente sua capacidade defensiva e tornando-se um membro vital da equipe. Isso foi enfatizado por sua recente extensão de contrato de cinco anos e US$ 179,3 milhões, que foi assinada em 2021 e tem potencial para valer US$ 200 milhões.