Autor: Barkha Roy
Fernando Diniz faz malabarismos com suas funções de técnico do Fluminense e da seleção brasileira. Nas duas convocações que ele fez até agora, dois jogadores do seu clube entraram na lista: o zagueiro Nino e o meio-campista André.
Na terça-feira (10 de outubro), André revelou um lado mais paciente de Diniz dentro da equipe nacional, em contraste com o Diniz conhecido por ocasionais explosões e demonstrações de frustração em campo. Pelo menos por enquanto.
“Obviamente, seu tratamento aqui [na equipe nacional] é um pouco diferente. Ele está lidando com os melhores jogadores do mundo. Nos clubes, ele costuma trabalhar com jogadores no início de suas carreiras, e o tratamento naturalmente varia. Ele está demonstrando paciência. Sabemos que às vezes ele fica um pouco agitado durante os jogos, mas está sendo paciente“, explicou André.
O meio-campista André, juntamente com outros 22 jogadores, está atualmente em Cuiabá, preparando-se para a partida de quinta-feira (12 de outubro) contra a Venezuela, às 21h30 (horário de Brasília), na Arena Pantanal, pela terceira rodada das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026.
O Brasil também enfrentará o Uruguai na terça-feira seguinte (17 de outubro), às 21 horas (horário de Brasília), em Montevidéu.
No domingo (8 de outubro), quando o Fluminense perdia para o Botafogo em um jogo do Campeonato Brasileiro, Diniz foi flagrado pelas câmeras fazendo uma severa repreensão aos jogadores. Ele pediu apaixonadamente à equipe, às vezes usando linguagem forte, que corresse e parasse de brincar. A disputa acabou terminando em 2 a 0 para o rival.
“Foi uma cena e tanto vê-lo perder a calma na TV, certo? Ele se dedica muito a nós; é o jeito dele de trabalhar. Nossa equipe se sente muito à vontade com ele. No Fluminense, nós o conhecemos bem e temos um relacionamento próximo, então entendemos suas exigências. Acho que ele manterá essa abordagem aqui. À medida que ele se familiarizar com todos, acho que veremos algumas mudanças“, comentou André, com um sorriso.
Com apenas 22 anos de idade, André, que foi desenvolvido pelo Fluminense, tem jogado ocasionalmente como zagueiro sob o comando de Diniz. Essa é uma mudança evidente em relação ao início de sua carreira como atacante no Bahia.
“Continuei voltando – de segundo atacante para meio-campista, depois segundo meio-campista defensivo, primeiro meio-campista defensivo e agora, às vezes, até como zagueiro. É fácil dizer isso agora que estou aqui com a equipe nacional, mas é claro que, como atacante, eu enfrentaria mais concorrência. No entanto, também vejo a posição de meio-campista com alguns jogadores fantásticos, como Casemiro, um dos melhores do mundo. Aprendo muito com ele aqui“, afirmou André.