A história peculiar de Felipinho, nascido no Brasil, que representará a Argentina na Copa do Mundo Sub-17

Autor: Amrit Santlani

O Brasil é um celeiro de jovens talentos. Felipinho, 16 anos, nascido em Vinhedo, no interior de São Paulo, é outro jogador que está se destacando como um dos atacantes mais potentes. No entanto, em vez de representar a Seleção, ele foi convocado para o campo de treinamento da equipe sub-17 da Argentina.

O adolescente espera representar a Albiceleste na Copa do Mundo Sub-17, o que é uma história peculiar por si só, considerando a rivalidade histórica entre as duas nações. Apenas uma vez um jogador nascido no Brasil representou a Argentina.

Aarón Wergifker, nascido em São Paulo em 1914, jogou cinco vezes pela time argentino de 1934 a 1936 e, embora Felipe Rodríguez Gentile, cujo apelido de “Felipinho” não poderia ser mais brasileiro, ele espera jogar pela equipe argentina.

O jovem atacante é um grande fã de Lionel Messi e atualmente está fazendo sucesso no Preston North End, da Inglaterra.

Os pais de Felipinho são argentinos e, portanto, ele pode jogar pela Argentina. Depois que seu pai, Fernando, se mudou para o Brasil por causa do trabalho, eles tiveram dois filhos, Felipe e Mateo.

Fernando e sua família se mudaram para a Itália e depois para o Liverpool, onde o jovem atacante fez um teste, mas, devido à Covid, nunca assinou contrato com o Liverpool. Em vez disso, ele entrou para a academia do Preston e, desde então, vem se destacando muito. Em uma partida da FA Youth Cup no ano passado, ele marcou cinco gols contra o Rotherham.

Felipe foi convocado para a equipe principal desde então, mas ainda não fez sua estreia. Mais recentemente, sua rápida ascensão fez com que a federação argentina convidasse o jogador nascido no Brasil para ir a Buenos Aires, onde a equipe sub-17 está se preparando para a Copa do Mundo.

“Ele também adora o Messi, tem uma admiração incrível. Na Copa do Mundo de 2018, na Rússia, ele pintou o cabelo de azul. Imagine você: um argentino de cabelo azul em uma escola brasileira. Uma figura. Então ele sempre foi, pelo futebol e por muitas outras coisas, muito argentino por nossa causa. Mesmo eu tendo nascido no Brasil“, disse o pai do adolescente.