Autor: Soorya G
Wilson Seneme, chefe de arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), opinou sobre a polêmica decisão de anular o gol de Diego Costa na recente derrota do Botafogo para o Atlético Mineiro na Arena MRV. Em entrevista ao programa “Papo de Arbitragem”, da CBF, Seneme, que também já foi árbitro, considerou que a decisão de cortar o ataque de Maurício Lemos não constituiu uma nova jogada. Consequentemente, o atacante do clube carioca aproveitou sua posição inicial de impedimento.
Acompanhados por outro ex-árbitro, Péricles Bassols, os dois analisaram a avaliação feita por Ramon Abatti Abel e pela equipe do VAR, liderada por Rodrigo Guarizo Ferreira do Amaral.
Seneme enfatizou a importância do árbitro assistente, Bruno Pires, ativar a comunicação com esses conceitos durante o jogo. Pires inicialmente considerou que o zagueiro Maurício Lemos não teve uma ação deliberada, ou seja, não jogou a bola. Os árbitros decidiram que ele essencialmente teve dificuldade para limpar e não jogar a bola.
Bassols foi mais além, afirmando que, naquele momento, o árbitro assistente responsável pela chamada deveria ativar a cabine com esses conceitos. Ele destacou que Pires ativou o conceito de posição e enfatizou que o craque do Grêmio não teve controle total para gerar uma nova ação; foi um desvio e não constituiu uma nova fase de jogo.
Na avaliação deles, essa situação proporcionou uma vantagem ao jogador que estava em posição de impedimento, o que levou à decisão controversa de anular o gol. Essa visão do processo de tomada de decisão da equipe de arbitragem proporciona uma compreensão mais profunda das complexidades envolvidas na arbitragem de jogos de futebol, em que as interpretações das regras podem ter um impacto significativo no resultado.